Liderar, despertar a vontade de Ser
E se liderar fosse só e apenas aquilo que esperamos de nós mesmos? O que podemos esperar de nós mesmos é uma boa maneira de descobrir qual a nossa real capacidade de liderança. Liderar para nós, é influenciar e contagiar outros através do nosso exemplo a realizar tarefas que nós próprios somos capazes de Ser. Não se trata de uma gralha no artigo, nós deveríamos pedir aos outros para fazer aquilo que realmente somos capazes de Ser.
Só uma pessoa soberana de si própria pode realmente dar o melhor de si mesmo com vontade e integridade. Como seria a condição contrária? A minha vida pessoal e profissional seria liderada por quem, por mim ou pelos outros? A nossa vida seria resultado daquilo que os outros definem ou daquilo que cada um de nós escolhe para si próprio?
Esta visão de si próprios, onde cada um de nós lidera a sua própria vida é essencial para agir com eficácia, ou seja, fazer as coisas certas, ao invés de apenas se importar em fazer só certas coisas.
É preciso sonhar naquilo que ainda não foi sonhado, é preciso criar para as pessoas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional que até hoje não foram criadas, é preciso apostar na pessoa e não só na função, é preciso pensar em projetos e não só em processos.
É da liderança pessoal que nasce a liderança interpessoal, ou seja, a nossa capacidade de liderar os outros através do nosso próprio exemplo. Quando assim não é adotamos uma atitude incoerente que advém do medo inconsciente de ser desmascarado, medo de que “descubram” que afinal não somos aquilo que pedimos aos outros para Ser. Não são poucas as vezes que solicitamos aos outros o equilíbrio que nós ainda não obtivemos. E aqui está talvez um dos nossos maiores desafios, a busca constante do equilíbrio.
Diz-se que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, no melhor dos casos, é um ideal ilusório e, no pior, um completo mito, tal são as exigências nos tempos de hoje. Mas nós acreditamos que fazendo as escolhas certas e bem planeadas sobre quais as oportunidades a agarrar e de quais abrir mão, se consegue de uma forma significativa envolver no nosso trabalho, a família e comunidade.
Para ser um líder extraordinário é necessário muito mais que aumentar os objetivos, a produtividade e resultados, é necessário desenvolver estratégias e planos que possam contribuir para um mundo melhor, o seu e o dos outros.
É preciso muita paixão, é preciso envolver as pessoas como nunca até hoje foram envolvidas, é preciso pensar em conjunto naquilo que ainda não foi pensado, é preciso comunicar aquilo que ainda não foi comunicado, é preciso coragem para escolher aquilo que ainda não foi escolhido, é preciso querer aquilo que ainda não foi obtido. É preciso sonhar naquilo que ainda não foi sonhado, é preciso criar para as pessoas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional que até hoje não foram criadas, é preciso apostar na pessoa e não só na função, é preciso pensar em projetos e não só em processos.
Nós deveríamos pedir aos outros para fazer aquilo que realmente somos capazes de Ser.
Para liderar hoje não basta ter uma ideia de para onde quer ir, mas principalmente ter uma noção clara de como quer ir, liderar é um convite, é inspirar as pessoas a quererem estar num lugar onde elas ainda não estão.
O líder de hoje deve ter uma história para contar e sobretudo, capacidade e criatividade para inová-la. A sua história valerá mais pela paixão com que a viveu, que pelo sofrimento de não a ter vivido.
O líder de hoje sabe adotar o princípio da responsabilidade, não da culpa. O líder de hoje sabe adotar o princípio da realidade não da utopia, sabe adotar o princípio da coragem não do medo, sabe adotar o princípio da solução não do problema, sabe adotar o princípio da mudança e não da estagnação. O líder sabe que no tempo de hoje a comunicação é fundamental, o líder sabe que o hoje é diferente do ontem.
PEDRO RUI CARVALHO
Formador Desenvolvimento Pessoal